Óia! é meu benzin alí, ói.
Só vejo é só ela
Se aprochegue meu xodó,
pr’eu aqui te oiá e dá um dengo
Num abusa da sodade q’eu tô
Faz esse alvoroço não, ô!
Nóis num tem que se arretá
Esse troço de ficá bicado, é muganga!
Tu sabe q’eu num sô cabra cabuloso
É de caju em caju que dô uns gole
E foi só um goró muidêro
Foi goró de noite de lua sem teu chêro
Aquele chêro danado de bom,
chêro seu no pescoço meu
É amô que dói e escorre ardendo os ói
Ispia, eu que num choro, to chorando.
Já viu isso?
Me óia aqui, neguinha
Já to amostrado de novo, assunta!
Num manga assim do home que te ama
te ama d'um jeito tão lesado,
mermo assim: meio troncho e mal’acabado
Num me dá esse susto
Diz que é migué, anda
Tô todo aperriado, amoado
E largado em terra quente de queimá os pé
Minhas blusa num tem mais pitoco
Minhas calça ta c'uns remendo frouxo
que nem eu, sem ter pertin de mim, ocê
Vem muié, to cá te esperano,
jurano num tomá de novo
Agora só vô tomá um café bem forte
Pra dá sustança na hora dos carinho
pra dibaxo do cangote
Ocê pensa que eu num me alembro
de quanto tu vinha pelas brecha
me encarinhano?
Ah, minha nega... Eu sinto é falta!
Vem cá, pra eu te apanhá no colo
E tu me sorrir esse surriso bem feito de manhã cedim
ô mulhé, ja que tamo por que num fiquemo?
Eu vô esperá.
Por que eu sei, benzim, que nesta hora cê aparece
E aí, bem antes da sua chegada
Eu já alumio com nossa morada
Por saber que daqui há pouquinho
Tem folia na calçada e felicidade dentro de casa.
"Eu sinto é falta!"
ResponderExcluirSabia?
(logada em outra conta, que não a do blog.)