12.4.09

Não cai, mas balança

Peguei meu amor e pendurei no varal depois de limpo. O vento secou sem o calor do seu sol. Mesmo assim eu o guardei. Ainda desbotado era peça única, ficou marcado. Marcado por um ferro que com brasa quente, derretia a seda amarrotada de ansiedade e aguava minha parte bonita, bem passada, aquela... do passado. Sobre o afetuoso elo calado que se içava aqui por dentro, saltei em um beco de flores. Chamei o tempo de solução. Cantei proezas e sorria amores.
Aquele mesmo tempo já sabia sua vez...
E com conhecimento me disse: vida é emoção! É agora, é movimento, é feito. Depositei saudade nas vontades do meu corpo e carreguei com muita fortaleza. Talvez por este excesso, senti seu peso e pousei na agonia cansada. Bom ou ruim fui motivo de sensação para abrigar nossos desejos em meu amor:
Coberto sem teto; Regado com terra; Plantado em pedra.
Um brinde ao nosso mundo consumado. O vento daqui é muito forte ...
Agora eu não concluo, mas por você guardo este amor, ele também sentiu frio. pendurado alí, no varal, tão só. E agora dorme limpo, em paz, tranquilo, macio... Outro dia me despregador. Se ao acaso eu me soltar é porque continuei aí do lado, no nosso ocaso escuro, em cenário para enamorados.
(tin tin)